O que é o TOC violento e quais os sintomas?
Primeiramente, precisamos definir o que é o TOC como um todo. O TOC (transtorno obsessivo-compulsivo) tem como principais características a presença de obsessões que envolvem pensamentos intrusivos e que geram ansiedade e angústia. Esses pensamentos podem envolver imagens, ideias ou palavras.
Além disso, o TOC também conta com a presença das compulsões que são os chamados rituais. Essas compulsões tem como principal objetivo diminuir e/ou eliminar as obsessões e o desconforto gerado pelas mesmas. As compulsões podem ser públicas (ações que outras pessoas podem ver) ou mentais (ações que ocorrem apenas mentalmente e portanto, não podem ser vistas por outras pessoas).
O TOC violento envolve pensamentos relacionados à violência que pode ser dirigida à própria pessoa ou a terceiros (geralmente pessoas próximas e familiares). Portanto, os conteúdos mais comuns são:
- Pensamentos sobre bater, esfaquear, estrangular, mutilar ou machucar.
- Ideias sobre usar objetos afiados ou pontudos, como facas, garfos, tesouras, lápis etc.
- Pensamentos em empurrar ou jogar a si ou outras pessoas na frente de trens ou de carros, pela janela ou de varandas, prédios ou outros lugares altos.
- Pensamentos em atropelar pedestres
As compulsões podem ser as mais diversas.
Principais impactos na vida causados pelo TOC violento
Um dos principais impactos é comprometimento e prejuízo nas relações interpessoais, principalmente de familiares próximos. Isso ocorre porque pessoas com TOC violento tendem a se afastar das pessoas nas quais as obsessões estão relacionadas por medo dos pensamentos e ideias se tornarem realidade.
A pessoa com TOC violento teme ficar sozinha, principalmente com os filhos, crianças da família ou pessoas mais vulneráveis (idosos e deficientes).
Consequentemente, outros prejuízos acabam aparecendo como o sentimento de culpa e vergonha que levam à baixa autoestima além de sintomas depressivos e ansiosos.
Tratamento
Assim como os demais tipos de TOC, o TOC violento tem tratamento.
A depender da gravidade do caso, a melhor forma de tratar a questão é a partir do uso de medicação psiquiátrica combinado à psicoterapia. Em casos mais leves, apenas a psicoterapia pode dar bons resultados. Ambos os tratamentos tem como objetivo trabalhar as obsessões e compulsões e outros problemas secundários como a ansiedade e a depressão.
Outras ações que não são a terapia, mas que tem resultados terapêuticos envolvem buscar atividades que ajudem no relaxamento como por exemplo exercícios de mindfulness e ioga. A prática de exercícios físicos também é recomendada tendo em vista que esta libera uma série de substâncias no organismo que estão relacionadas ao bem estar.
Podemos concluir que o tratamento do TOC, violento ou não, deve ser múltiplo!
Se você sofre com esse problema, não hesite em procurar ajuda profissional.